sábado, 12 de fevereiro de 2011

A arquitetura do poder

QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2011

A arquitetura do poder

Sócrates Santana

Uma bancada praticamente indestrutível é fabricada pouco a pouco no centro do poder baiano. Após eleger 14 parlamentares, o partido do governador teve uma das peças derrubada por uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF). De 14 soldados fiéis de “corpo e legenda”, a tropa de elite do governo na Assembléia Legislativa da Bahia caiu para treze. Os jogadores, contudo, continuam no tablado. E o término deste labirinto infindável de articulações pode consolidar uma bancada puro sangue com 15 deputados petistas dentro de um universo de 63 parlamentares.

Com a prerrogativa de mudar a correlação de forças através da convocação de parlamentares para o staff da administração estadual, o governador Jaques Wagner arruma o mapa do poder com a mesma intensidade que o judiciário altera a vontade das urnas. A superficial morosidade para compor a próxima equipe de governo, revela uma minuciosa operação que confunde os próprios escudeiros.

De primeira, a suposta intenção de alçar um parlamentar do PT para o secretariado. Correu nos bastidores a intenção do governador fortalecer politicamente o partido na região de Irecê através do ingresso do mandato de Joacy Dourado, primeiro suplente da coligação composta por PT, PDT, PP e PRB.

Mas, de primeiro suplente, Joacy Dourado virou segundo, após uma piscadela do STF para o até então inelegível Wank Medrado (PSL), que teve seus votos computados, retirando uma vaga da coligação petista e dando-a para a coligação PSB e PSL.

Quem ainda comemora é o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), reconduzido liminarmente para a Assembléia Legislativa da Bahia. O pseudo-socialista é um desafeto impublicável do governo e do próprio partido. Tadeu possui uma camuflada disputa com a senadora eleita, Lídice da Mata.

O governo retarda o anúncio do secretariado e decide fatiar as negociações. Golpeia como um lutador de boxe. Apresenta uma mão e atinge o adversário com a outra. Faz do primeiro suplente, Carlos Brasileiro (PT), secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza. Até então, o menos cotado entre figuras que já possuíam mandato confirmado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER), como Yulo Oiticica, Neuza Cadore, Marcelino Galo e Zé Raimundo.

É um gesto atordoante, que confunde o próprio PT. Aparentemente, é como trocar seis por meia dúzia, já que Carlos Brasileiro não possuía mandato. Mas, como diz o ditado, “as aparências enganam”. O petista Joacy retorna para o primeiro lugar na fila.

A negociação com o PDT ganha contornos de entrave para o público em geral. É de aporrinhar o petista Zé Neto e o neo-brizolista Marcelo Nilo trocarem farpas pela presidência da Assembléia. Assim como, a incursão do ministro Carlos Luppi até a Bahia, inflamado por correligionários, a exemplo do presidente do PDT regional, Alexandre Brust.

Nilo é reeleito presidente do legislativo e Zé Neto alçado a líder do governo. O também neo-brizolista, deputado estadual Paulo Câmara (PDT), é escolhido a dedo para assumir a secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti). A força das urnas retoma a 14º vaga retirada do PT. Joacy é deputado estadual.

Dos escombros, o terceiro suplente, também do PT, Professor Valdeci, agora é o primeiro da fila. De volta para a cena, o humor do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) parece mudar conforme os ventos sopram a favor, não apenas do governo, mas, do próprio PT. É anunciado aos quatro cantos que não há sustentação na liminar do candidato Wank Medrado, que vê a sua agremiação, o PSL, declarar juros de amor para consolidar o partido na base aliada do governo.

No meio deste emaranhado político e jurídico, que atrapalha até o mais atento expectador, ainda resta uma outra alternativa para a formação de uma trincheira seguramente governista na Assembléia Legislativa da Bahia. O iminente risco que corre o deputado estadual Elmar Nascimento de perder o mandato. A anulação dos votos do colega de coligação, Joélcio Martins (PMDB), que não se reelegeu. O peemedebista teve o seu registro de candidatura negado pelo TSE, após recurso da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) contra a aprovação no TRE baiano. Quem ganha a vaga é a coligação PRB-PP-PDT-PT.

De 14 parlamentares eleitos pelas urnas, o PT pode reinaugurar a 17º legislatura baiana dando novos retoques nas cadeiras da Assembléia Legislativa da Bahia. Ao todo, quase ¼ do poder legislativo constituído no estado será ocupado pela marca de um partido que comemora 31 anos dando mostras de que não chegou até aqui pela mera força do acaso.

Apesar dos contratempos internos, no partido e na própria bancada petista, a mensagem do Palácio de Ondina começa a reverberar ecos de uma perene e sólida hegemonia política na esfera pública baiana. Trata-se de uma engenharia que vem sendo manuseada com a mesma destreza de sempre, por quem de longe cansou de engolir calado as agouras de um grupo político considerado indelével.

JOVENS PARTICIPAM DO LANÇAMENTO DA REVISTA BAHIA ANÁLISE & DADOS

Na manhã desta sexta-feira (11), jovens de diversas organizações, representantes de movimentos sociais e do governo e especialistas participaram de um debate, no Hotel Portobello Resort e no Conventions, em Ondina, sobre a realidade da juventude, no lançamento de duas edições da revista Bahia Análise & Dados, editadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan). 

As publicações apresentam os temas ‘Juventude: questões contemporâneas’ e ‘Juventude: mercado de trabalho e políticas públicas’, assuntos que foram discutidos pelas especialistas Míriam Abramovay e Mary Castro, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso). 

Na abertura do evento, o chefe de gabinete da Seplan, Benito Juncal, disse que Seplan tem o desafio de promover a integração e a transversalidade nas políticas para a juventude das diversas secretarias do estado. O diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, lembrou que “apesar dos avanços já conquistados, como o maior acesso ao mercado de trabalho, à escola, ao consumo e às novas formas e tecnologias de comunicação, a juventude no Brasil é a principal afetada pelo aumento e a banalização da violência, o aumento da dependência às drogas, a fragmentação familiar e o culto a valores individualistas. Essas publicações sintetizam a preocupação da SEI com a realidade social”.

Representando a Coordenação de Políticas de Juventude (SERIN), Vladimir Costa, valorizou as publicações por abordarem o tema “numa perspectiva recente dos jovens enquanto cidadãos de direito e não sob a ótica da tutela de um problema a ser solucionado”. Ele lembrou que cerca de 30% da população baiana é composta por jovens entre 15 e 29 anos, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2009/ IBGE), sendo eles as principais vítimas das lacunas governamentais. As edições da revista serão disponibilizadas em breve para download gratuito no site da SEI.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

FSM: Declaración de la Asamblea de los Movimientos Sociales

FSM Dakar (Senegal) – 10 de febrero de 2011
Declaración de la Asamblea de los Movimientos Sociales

Nosotras y nosotros, reunidos en la Asamblea de Movimientos Sociales, realizada en Dakar durante el Foro Social Mundial 2011, afirmamos el aporte fundamental de África y de sus pueblos en la construcción de la civilización humana. Juntos, los pueblos de todos los continentes, libramos luchas donde nos oponemos con gran energía a la dominación del capital, que se oculta detrás de la promesa de progreso económico del capitalismo y de la aparente estabilidad política. La descolonización de los pueblos oprimidos es un gran reto para los movimientos sociales del mundo entero.

Afirmamos nuestro apoyo y solidaridad activa a los pueblos de Túnez y Egipto y del mundo árabe que se levantan hoy para reivindicar una real democracia y construir poder popular. Con sus luchas, muestran el camino a otro mundo, libre de la opresión y de la explotación.

Reafirmamos con fuerza nuestro apoyo a los pueblos de Costa de Marfil, de África y de todo el mundo en su lucha por una democracia soberana y participativa. Defendemos el derecho a la autodeterminación y el derecho colectivo de todos los pueblos del mundo.

En el proceso del FSM, la Asamblea de Movimientos Sociales es el espacio donde nos reunimos desde nuestra diversidad para juntos construir agendas y luchas comunes contra el capitalismo, el patriarcado, el racismo y todo tipo de discriminación.

En Dakar celebramos los 10 años del primer FSM, realizado en 2001 en Porto Alegre, Brasil. En este periodo hemos construido una historia y un trabajo común que permitió algunos avances, particularmente en América Latina donde logramos frenar alianzas neoliberales y concretar alternativas para un desarrollo socialmente justo y respetuoso de la Madre Tierra.

En estos 10 años vimos también la eclosión de una crisis sistémica, expresada en la crisis alimentaria, ambiental, financiera y económica, que resultó en el aumento de las migraciones y desplazamientos forzados, de la explotación, del endeudamiento, y de las desigualdades sociales.

Denunciamos el rol de los agentes del sistema (bancos, transnacionales, conglomerados mediáticos, instituciones internacionales etc.), que, en búsqueda del máximo lucro, mantienen con diversos rostros su política intervencionista a través de guerras, ocupaciones militares, supuestas misiones de ayuda humanitaria, creación de bases militares, saqueos de los recursos naturales, la explotación de los pueblos, y manipulación ideológica. Denunciamos también la cooptación que estos agentes ejercen a través de financiamentos de sectores sociales de su interés y sus prácticas asistencialistas que generan dependencia.

El capitalismo destruye la vida cotidiana de la gente. Pero a cada día nacen múltiples luchas por la justicia social, para eliminar los efectos que dejó el colonialismo y para que todos y todas tengamos una digna calidad de vida. Afirmamos que los pueblos no debemos seguir pagando por esta crisis sistémica y que no hay salida a la crisis dentro del sistema capitalista!

Reafirmando la necesidad de construir una estrategia común de lucha contra el capitalismo, nosotros, movimientos sociales:

Luchamos contra las trasnacionales porque sostienen el sistema capitalista, privatizan la vida, los servicios públicos, y los bienes comunes, como el agua, el aire, la tierra, las semillas, y los recursos minerales. Las transnacionales promueven las guerras a través de la contratación de empresas militares privadas y mercenarios, y de la producción de armamentos, reproducen prácticas extractivistas insostenibles para la vida, acaparan nuestras tierras y desarrollan alimentos transgénicos que nos quitan a los pueblos el derecho a la alimentación y eliminan la biodiversidad.

Exigimos la soberanía de los pueblos en la definición de nuestro modo de vida. Exigimos políticas que protejan las producciones locales que dignifiquen las prácticas en el campo y conserven los valores ancestrales de la vida. Denunciamos los tratados neoliberales de libre comercio y exigimos la libre circulación de seres humanos.

Seguimos movilizándonos por la cancelación incondicional de la deuda pública de todos los países del Sur. Denunciamos igualmente, en los países del Norte, la utilización de la deuda pública para imponer a los pueblos políticas injustas y antisociales.

Movilicémonos masivamente durante las reuniones del G8 y G20 para decir no a las políticas que nos tratan como mercancías!

Luchamos por la justicia climática y la soberanía alimentaria. El calentamiento global es resultado del sistema capitalista de producción, distribución y consumo. Las transnacionales, las instituciones financieras internacionales y gobiernos a su servicio no quieren reducir sus emisiones de gases de efecto invernadero. Denunciamos el “capitalismo verde” y rechazamos las falsas soluciones a la crisis climática como los agrocombustibles, los transgénicos y los mecanismos de mercado de carbono, como REDD, que ilusionan a poblaciones empobrecidas con el progreso, mientras privatizan y mercantilizan los bosques y territorios donde han vivido miles de años.

Defendemos la soberanía alimentaria y el acuerdo alcanzado en la Cumbre de los Pueblos Contra el Cambio Climático y por los Derechos de la Madre Tierra, realizada en Cochabamba, donde verdaderas alternativas a la crisis climática han sido construidas con movimientos y organizaciones sociales y populares de todo el mundo.

Movilicémonos todas y todos, especialmente el continente africano, durante la COP-17 en Durban, Sudáfrica, y la Río +20, en 2012, para reafirmar los derechos de los pueblos y de la Madre Tierra y frenar el ilegítimo acuerdo de Cancún.

Defendemos la agricultura campesina que es una solución real a la crisis alimentaria y climática y significa también acceso a la tierra para la gente que la vive y la trabaja. Por eso llamamos a una gran movilización para frenar el acaparamiento de tierras y apoyar las luchas campesinas locales.

Luchamos contra la violencia hacia la mujer que es ejercida con regularidad en los territorios ocupados militarmente, pero también contra la violencia que sufren las mujeres cuando son criminalizadas por participar activamente en las luchas sociales. Luchamos contra la violencia doméstica y sexual que es ejercida sobre ellas cuando son consideradas como objetos o mercancías, cuando la soberanía sobre sus cuerpos y su espiritualidad no es reconocida. Luchamos contra el tráfico de mujeres, niñas y niños.

Defendemos la diversidad sexual, el derecho a autodeterminación de género, y luchamos contra la homofobia y la violencia sexista.

Movilicémonos todos y todas, unidos, en todas las partes del mundo contra la violencia hacia la mujer.

Luchamos por la paz y contra la guerra, el colonialismo, las ocupaciones y la militarización de nuestros territorios. Las potencias imperialistas utilizan las bases militares para fomentar conflictos, controlar y saquear los recursos naturales, y promover iniciativas antidemocráticas como hicieron con el golpe de Estado en Honduras y con la ocupación militar en Haiti. Promueven guerras y conflictos como hacen en Afganistán, Iraq, la República Democrática del Congo y en varios otros paises.

Intensifiquemos la lucha contra la represión de los pueblos y la criminalización de la protesta y fortalezcamos herramientas de solidaridad entre los pueblos como el movimiento global de boicot, desinversiones y sanciones hacia Israel. Nuestra lucha se dirige también contra la OTAN y por la eliminación de todas las armas nucleares.

Cada una de estas luchas implica una batalla de ideas, en la que no podremos avanzar sin democratizar la comunicación. Afirmamos que es posible construir una integración de otro tipo, a partir del pueblo y para los pueblos y con la participación fundamental de los jóvenes, las mujeres, campesinos y pueblos originarios.

La asamblea de movimientos sociales convoca a fuerzas y actores populares de todos los países a desarrollar dos acciones de movilización, coordinadas a nivel mundial, para contribuir a la emancipación y autodeterminación de nuestros pueblos y para reforzar la lucha contra el capitalismo.

Inspirados en las luchas del pueblo de Túnez y Egipto, llamamos a que el 20 de marzo sea un día mundial de solidaridad con el levantamiento del pueblo árabe y africano que en sus conquistas contribuyen a las luchas de todos los pueblos: la resistencia del pueblo palestino y saharaoui, las movilizaciones europeas, asiáticas y africanas contra la deuda y el ajuste estructural y todos los procesos de cambio que se construyen en América Latina.

Convocamos igualmente a un día de acción global contra el capitalismo el 12 de octubre donde, de todas las maneras posibles, rechazaremos ese sistema que destruye todo a su paso.

Movimientos sociales de todo el mundo, avancemos hacia la unidad a nivel mundial para derrotar al sistema capitalista!!

Nosotras y nosotros venceremos!!!



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Minga Informativa de Movimientos Sociales

Conselho Estadual da Juventude participa do lançamento da revista Bahia Análise & Dados

O Conselho Estadual de Juventude (Cejuve) participa, nesta sexta-feira (11), do lançamento dos dois novos volumes da revista Bahia Análise & Dados, publicação da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). O Cejuve, conselho consultivo criado em 2009 durante a Conferência Estadual da Juventude, irá representar diversos segmentos que atuam em prol dos jovens, a exemplo dos movimentos feminino, negro, de direitos sexuais e reprodutivos, estudantil, do trabalho, de políticas públicas, do jovem no campo, de saúde da mulher, cultural, dentre outros. O evento acontece no Hotel Portobello Resort e Conventions (Ondina), a partir das 9h.


Com grande interesse no conteúdo das publicações que serão lançadas pela SEI, voltadas aos temas Juventude: questões contemporâneas e Juventude: mercado de trabalho e políticas públicas, e nas palestras das especialistas Miriam Abramovay, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais, e Mary Castro, da UCSal, os representantes do Conselho terão voz na abertura do evento. “Estas revistas são de importante conteúdo para o nosso trabalho, trazendo uma abordagem que eleva o patamar da temática juvenil na agenda política do estado, com a percepção de que os jovens representam uma possibilidade de mudança da realidade”, comentou Vladimir Pinheiro, secretário executivo do Cejuve, em visita à SEI, hoje (10).



A visita de Vladimir, juntamente com o conselheiro Roque Peixoto, à SEI, foi também para propor uma parceria que se estende para além do evento. O Cejuve solicitou o apoio da SEI para as conferências de juventude que acontecem esse ano, nos territórios de identidade, no sentido de fornecer informações socioeconômicas sobre esses locais. “Nos interessa fazer uma radiografia completa sobre a realidade desses jovens para qualificar as propostas de acordo com o potencial e as demandas de cada área. E ninguém conhece a Bahia mais do que a SEI”, declarou Vladimir Pinheiro.



O quê: Lançamento da revista Bahia Análise & Dados – Juventude, com palestras de Míriam Abramovay e Mary Castro



Quando: dia 11, sexta-feira, às 9 horas



Onde: Hotel Portobello Resort e Conventions (Av. Oceânica, 2275, Ondina)


Fonte: http://www.sei.ba.gov.br

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CURSO ESPECIALIZA TÉCNICOS PARA OPERAÇÃO DO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO

O Curso de Especialização para Operadores do Sistema Socioeducativo foi iniciado nesta quarta-feira (9), no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. A iniciativa tem por objetivo qualificar profissionais para o domínio efetivo dos fundamentos teóricos, metodológicos e práticos do sistema.

Promovido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza da Bahia (Sedes), por intermédio da Superintendência de Assistência Social (SAS), Instituto de Ciências Gênesis e Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), o curso em duração de um ano e vai atender às necessidades de implementação de programas do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

Segundo os promotores da especialização, o curso está pautado na necessidade de investir no aprimoramento técnico dos profissionais, alargando os seus conhecimentos sobre o sistema de direitos do adolescente, garantindo a esse segmento um atendimento de qualidade.

Entre os participantes da cerimônia de abertura do curso, estavam o secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro, o diretor do Instituto de Ciência Gênesis Afonso Miranda, o representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Marcus Vinícius, e o diretor da Fundac, Walmir Mota.

O secretário Carlos Brasileiro lembrou que o atendimento socioeducativo do jovem deve ser discutido tanto em nível da recuperação do jovem, quanto de sua formação. Para ele, é imprescindível que se acompanhe as famílias a fim de ser criado um ambiente propício ao acolhimento, para que o jovem recuperado tenha condições de aplicar na prática o que aprendeu com as medidas socioeducativas.
“Nosso objetivo é despertar nos operadores de sistema a paixão pela socioeducação, que eles sejam capazes de tirar os adolescentes do mundo da criminalidade, levando-os a uma situação de direito e cidadania”, assegurou o diretor da Fundac, Walmir Mota.

Fonte: AGECON

MÁ DIGESTÃO NO PODER!!!

(OU RECUPERANDO O MODO PETISTA DE GOVERNAR)


Em tempos de transição Lula <-> Dilma, estamos vendo vários governos municipais se debruçando em vomitar que são democráticos e populares. Alguns dizem até serem participativos. Mas o que estamos vendo é uma série de repetições de equívocos, práticas e vícios os quais eram combatidos antes.

Em 2002, durante a campanha eleitoral que levou Lula à Presidência da República, estávam todos e todas eufóricos, unidos, combatendo a ALCA, articulando e organizando um  grande plebiscito com a maior mobilização que já se viu neste país, e o resultado foi uma vitória dos Movimentos Sociais e das Esquerdas no Brasil dizendo não para a Área de Livre Comércio das Américas. Foi, sem dúvida, uma campanha inegociável para o povo brasileiro. Em setembro de 2002, no Plebiscito sobre a Alca, o número de votantes foi  mais de dez milhões de pessoas.

Em 2001, durante o primeiro Fórum Social Mundial, o Brasil e o mundo se viu diante de uma articulação altermundista por Um Outro Mundo Possível. E o melhor FSM, sem dúvidas, foi o de 2003 quando, o já empossado, Presidente Lula discursou e depois recebeu as demandas dos Movimentos Sociais do mundo inteiro, e na semana seguinte, enfrentou os países ricos no Fórum Econômico, em Davos, se comprometendo em acabar com a fome. Depois daí, tudo o que for escrito em um blog, é apenas memória recente de um governo muito bom.

Na contra mão disso tudo, o que se tem visto, são alguns governos municipais abrirem mão de quadros orgânicos e tecnicamente preparados. Alguns governos municipais abrirem mão de quadros políticos que se empenham. E no lugar destes, tem-se visto pessoas viciadas, sem formação política ou técnica, que têm como único trabalho, “puxar saco” de dos gestores executivos que os nomeiam.

Será que a formação política recebida por aqueles e aquelas que fundaram o PT nas cidades do interior não serviu de nada? Ou se apresenta, neste momento, como empecilho para que projetos, antes coletivos, agora personalistas, avancem sem critério e sem o direito a critica? Ou ainda, será porque o projeto de construção do socialismo se transformou, para estes gestores, em projetos de clube de amigos?

Segundo o manual “O Modo Petista de Governar”, os governos Petistas deverão valorizar e empoderar os militantes do PT. E agregar outros quadros para a construção do Socialismo, orientando sobre a diferença entre Governo e Partido. Porém o que se vê é o expurgo de militantes, inclusive daqueles que compõem espaços de Direção Setorial no partido, sem a menor justificativa, como se essas pessoas fossem descartáveis.

É preciso salvar o PT dessas pessoas. É preciso fazer uma limpeza em alguns diretórios municipais e dá muita formação política. Ou o PT correrá o risco de sair do extraordinário número de 78 prefeituras para um número reduzido que não se pretende. É preciso salvar o PT, em algumas cidades do interior, da soberba, da arrogância, dos pitbulls de prefeitos, da peruagem, da politicagem, etc.

Para se ter uma Gestão de Excelência, é preciso uma Gestão de Excelência. E isso só é possível fazendo aquilo que os documentos do PT, aprovados em seus encontros e congressos, orientam: o direito ás tendências, o direito a dialética, o direito ao debate, o direito a disputa de idéias. Com essas dicas será possível, de fato, construir e consolidar governos democráticos e participativos. O verdadeiro Modo Petista de Governar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Carta Aberta da redação de A Tarde

Carta aberta

Hoje é um dia triste não só para nossa história pessoal, mas também para A TARDE e, principalmente, para o jornalismo da Bahia. Um dia em que A TARDE, um jornal quase centenário e que já foi o maior do Norte e Nordeste e que tinha o singelo slogan “Saiu n´A TARDE é verdade” se curvou. Cedeu a pressões econômicas difusas e demitiu um profissional exemplar.

Aguirre Peixoto teve a cabeça entregue em uma bandeja de prata a empresas do mercado imobiliário em uma tentativa de atração/reaproximação com anunciantes deste setor. Tentativa esta que pode dar certo ou não. Uma medida justificada por um suposto “erro grosseiro” não reconhecido pela Diretoria de Jornalismo, pelo Editor-Executivo, pelo Editor-Chefe, por secretários de Redação, Editor Coordenador ou editores de Política.

Uma medida, enfim, que só pode ser entendida como uma demonstração de força excessiva, intimidatória à autoridade da Direção de Jornalismo, à Coordenação de Brasil e à Editoria de Política. Uma demonstração de força desproporcional, porque forte não é aquele que age com força contra algo ou alguém mais fraco. Forte seria enfrentar, como o jornalismo de A TARDE estava enfrentando, empresários que iludidos pela promessa do lucro fácil e rápido põem em risco recursos financeiros de consumidores, o meio ambiente da cidade e que aviltam, desta forma, toda a cidadania soteropolitana.

Aguirre era o elo mais fraco da corrente. Acima dele havia editores, coordenador, secretários de redação, editor-executivo, editor-chefe, diretor de Jornalismo. Todos, em alguma medida, aprovaram a pauta, orientaram o trabalho de reportagem e autorizaram a publicação da reportagem. Isso foi feito sem irresponsabilidades, pois não foi constatado nenhum erro, muito menos um “erro grosseiro”. Se algum erro foi cometido, o erro foi o da prática do jornalismo, uma atividade cada vez mais subversiva em época em que propositadamente se misturam alhos e bugalhos para confundir, iludir, manipular a opinião publica, a sociedade, a cidadania. É de se estranhar que uma empresa que se coloca como defensora da cidadania aja de tão vil maneira contra um de seus melhores profissionais.

Recapitulando, Aguirre foi pautado para dar sequência às reportagens que fazia sobre a Tecnovia (antigo Parque Tecnológico). O fato novo era uma liminar concedida pela 10ª Vara Federal em que cassava multa aplicada ao empreendimento pelo Ibama. Era essa a pauta. No dia seguinte, a Tribuna da Bahia publicou matéria em que dizia que a liminar (decisão que pode ser revista) acabava com o processo criminal contra o empreendimento, que envolve Governo do Estado e duas poderosas construtoras. A matéria de A TARDE – dentro do padrão de qualidade que um dia fez deste um jornal de referência – ouviu o MPF e mostrou que se tratavam de dois processos distintos. O da multa, que foi cassada liminarmente e que o MPF afirmava que recorreria da decisão; e o criminal, que continuava em tramitação normal. A matéria de A TARDE estava tão certa que o MPF, posteriormente, publicou nota oficial na qual desmentia o teor da reportagem da Tribuna da Bahia (jornal que serve a interesses não republicanos, para dizer o mínimo). Essa foi a razão suficiente para o repórter ter a cabeça entregue como prêmio a possíveis anunciantes.

O interesse público? A defesa da cidadania? O histórico ético, de manchetes exclusivas, de boas e importantes reportagens? Nada disso importou a A TARDE. Importou a satisfação a um grupo de empresários, a uma, duas ou três fontes insatisfeitas. Voltamos a tempos medievais, quando fontes e órgãos insatisfeitos mandavam em A TARDE, colocavam e derrubavam profissionais. Tempo em que o jornalismo era mínimo.

“Jornalismo é oposição. O resto é balcão de secos e molhados”. Essa é uma famosa frase de Millor Fernandes. Dispensado o radicalismo dela, é de se ter em mente que Jornalismo é uma atividade que incomoda. Defender o conjunto da sociedade, seu lado mais fraco, incomoda. É preciso que a Direção de A TARDE entenda que a sustentabilidade do negócio jornal depende do seu grau de alinhamento com a sociedade civil (organizada e, principalmente, desorganizada). A força de um veículo de comunicação não está nos números de circulação ou de de anunciantes, mas nas batalhas travadas em prol dos direitos coletivos e individuais diariamente aviltados pelo bruto e burro poder econômico.

Credibilidade é um valor que se conquista um pouco a cada dia e que se perde em segundos. E, graças a ações como esta, a credibilidade de A TARDE escorre pelo ralo a incrível velocidade, assim como sua liderança, assim como seus anunciantes. Sem jornalismo, o jornal (qualquer jornal) pode sobreviver alguns anos de anúncios amigos. Mas com jornalismo, um jornal sobrevive à história.

Ministro pede perdão a africanos no Fórum Social

O governo voltou a pedir, em Dacar, no Senegal, desculpas oficiais pela escravidão no Brasil, cinco anos depois do primeiro mea culpa feito pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2005. Desta vez, o autor do pedido foi o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que discursou na abertura da 11.ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), na capital senegalesa, no domingo. O pronunciamento foi feito no campus da Universidade Cheikh Anta Diop, onde será realizada a maior parte das conferências do fórum. Carvalho, que lidera a delegação brasileira, composta pela ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e pela ministra de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros, além de 30 outros assessores, falou logo após o presidente da Bolívia, Evo Morales. Além de políticos, a plateia incluía sindicalistas, militantes de ONGs e ativistas antiglobalização. (Agência Estado)

Casa Branca vence edital do IPAC

Primeiro terreiro de candomblé a ser reconhecido como Patrimônio do Brasil (1984) pelo Ministério da Cultura, a Casa Branca do Engenho Velho é mais um vencedor dos Editais do IPAC


Localizado na Avenida Vasco da Gama, nº 463, em Salvador, o Ilê Axé Iyá Nassó Oká – terreiro de candomblé conhecido como Casa Branca do Engenho Velho – é um dos mais novos vencedores da política pública de editais do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia da secretaria estadual de Cultura (SecultBA). No valor de R$ 19,9 mil, o edital vai possibilitar a restauração completa da Casa de Oxossi do terreiro.
 
Os especialistas estimam que a Casa Branca tenha cerca de 300 anos sendo considerada matriz dos inúmeros outros terreiros da nação ketu no Brasil dando origem a inúmeros templos afro-brasileiros. A história é iniciada na Barroquinha, local que integra a área de tombamento federal do Centro Histórico de Salvador, e depois o terreiro foi transferido para a Vasco da Gama.
 
O tombamento da Casa Branca como Patrimônio Cultural do Brasil em 1984, foi um marco inédito nas ações do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do Ministério da Cultura. Foi o primeiro templo religioso não católico a ser tombado como patrimônio do Brasil, com inscrição no Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.  O terreiro também foi homenageado na 3ª Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Culturas, realizada em Nova York.
 
A Associação São Jorge do Engenho Velho é a representante legal da Casa Branca e o proponente do projeto junto ao IPAC foi o antropólogo Estélio Gomberg, pós-doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia. “Necessitávamos de restauração emergencial em algumas edificações e por isso nos inscrevemos no edital do IPAC”, relata Gomberg. O terreiro detém cerca de 6.800 metros quadrados, com barracão, casas de santo, árvores, praça com fonte e barco, entre outros itens sagrados.
 
Os editais do IPAC apóiam propostas da sociedade civil para a salvaguarda dos patrimônios culturais baianos. “Em ambiente democrático e participativo é fundamental que a sociedade participe efetivamente das políticas públicas e que o Estado compartilhe, direcionando e orientando a gestão e proteção dos bens culturais”, explica o diretor geral do órgão, Frederico Mendonça.
 
Entre 2008 e 2010, o IPAC aprovou 28 projetos para ações no Pelourinho, em Salvador, 24 específicos para bens culturais em todo o Estado da Bahia, e nove voltados especialmente para ações em museus baianos. Assim, no período de dois anos, foram viabilizados 61 projetos, totalizando mais de R$ 2,2 milhões investidos.
 
Projetos como Índios na visão dos índios, Por do sol acontece no museu, Encontro das Manifestações Culturais de Cairu, Riquezas do patrimônio imaterial de Ubaíra, Oficina de valorização da Feira de São Joaquim, Documentação arquitetônica e sítio histórico de Rio de Contas e Inventário cultural do acervo arquitetônico de Macaúbas são outros projetos aprovados nos Editais do IPAC.
 
Para Gomberg a escolha da Casa Branca pelo IPAC foi estratégica. “Os terreiros são importantes na nossa cultura, aos quais devemos consideração e atenção dos poderes públicos”, finaliza Gomberg. Os editais do IPAC e a relação completa de projetos vencedores são sempre publicados no site www.ipac.ba.gov.br. Mais informações, através do endereço eletrônico editais@ipac.ba.gov.br e, nos horários comerciais, via telefones (71) 3117- 6491 ou 3117-6492.

Assessoria de Comunicação IPAC em 03.02.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (1498-MTBa) (71) 8731-2641 Texto: estagiário Tiago Araújo e Geraldo Moniz - Contatos: (71) 3116-6673, 3117-6490, ascom,ipac@ipac.ba.gov.br - Acesse: www.ipac.ba.gov.br - Facebook: Ipacba Patrimônio - Twitter: @ipac_ba

Vereadora Marta Rodrigues, de Salvador, Convoca Militância para Plenária do Mandato Popular

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

NOTA DE PESAR DO CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE DE ANGOLA



COMUNICADO


O Conselho Nacional de Juventude, cumpre o doloroso dever de comunicar a todos às Organizações Juvenis, Conselhos Provinciais de Juventude e a Juventude angolana em geral, o Falecimento de PAULINO FERNANDO TEMBO, “PALUCHO”, Secretario Executivo do Conselho Provincial de Juventude de Cabinda, Ocorrido em Cabinda no passado dia 06 de Fevereiro do corrente ano, pelas 23 horas vitima de Doença, mas informa que o seu funeral será realizado em data a anunciar oportunamente.



COMISSÃO DIRECTIVA DO CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE, EM LUANDA AOS 07 DE FEVEREIRO DE 2010






A COMISSÃO DIRECTIVA