sexta-feira, 29 de abril de 2011

II° ENCONTRO BAIANO DE CONSELHOS E GESTORES DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE

Por CEJUVE


O que é?
O Conselho Estadual de Juventude (CEJUVE), em parceria com a Coordenação Estadual de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais (SERIN), realizará em Salvador, nos dias 03, 04 e 05 de maio de 2011, o II Encontro Baiano de Conselhos e Gestores de Políticas Públicas de Juventude. Este encontro pretende ampliar as discussões sobre os programas dos governos estadual e federal e fortalecer os canais de diálogo entre o CEJUVE, os conselhos municipais, a Coordenação Estadual de Juventude, e os/as gestores/as municipais de juventude, incentivando a construção da rede de conselhos de juventude da Bahia.
O II Encontro Baiano será um momento importante de reflexão sobre o papel e a atuação dos/as gestores/as e conselhos de juventude, suas dificuldades e possíveis respostas aos desafios enfrentados.
A ideia é que este Encontro também sirva como um ponto de partida para a construção das etapas municipais e territoriais, que antecederão as 2ª Conferências Estadual e Nacional a serem realizadas em 2011, grande espaço de elaboração das políticas de juventude e participação juvenil.

Qual a programação?

A programação debaterá as conferências estadual, nacional, territoriais e municipais de juventude, as políticas e programas de juventude dos governos estadual e federal, a construção e o fortalecimento de conselhos de juventude, a realidade da juventude no mundo do trabalho etc. além de um momento de troca de experiências entre os gestores e conselheiros do Estado.
Os detalhes da programação serão publicados no site do conselho www.juventude.ba.gov.br

Quem pode participar?
ü  Municípios com conselho municipal de juventude - cada conselho deverá indicar dois conselheiros: um da sociedade civil e outro do poder público, respeitando a paridade de gênero.
ü  Municípios sem conselho municipal de juventude – no caso do poder público, sugerimos que a prefeitura indique o seu representante, se possível um gestor de programas de juventude ou afim. No caso da sociedade civil, sugerimos que as organizações juvenis existentes no município reúnam-se e indiquem o representante.
Os custos de alimentação e hospedagem dos/das participantes durante o II Encontro serão de responsabilidade da SERIN. As demais despesas, como transporte, traslado, deverão ser cobertas pela prefeitura municipal correspondente.
Caso o município sinta necessidade de enviar mais de dois representantes, será permitido desde que seja feita a inscrição previamente, sabendo-se que todos os custos (alimentação, transporte e hospedagem) não serão de responsabilidade da organização do evento.

Como será o processo de seleção?
Como há um número limitado de vagas, em função da capacidade do local e logística, caso haja uma procura maior do que a disponibilidade, o CEJUVE fará uma seleção dos/das participantes.
Na ordem de prioridade de vagas, teremos:
1.    Dois representantes por conselho municipal (sendo um/a do poder público e o/a outro/a da sociedade civil);
2.    Dois representantes por município (sendo um/a indicado/a pela prefeitura e o/a outro/a pela reunião das organizações da sociedade civil), considerando a distribuição das representações por território de identidade;
3.    Critérios de desempate como representação de gênero, etnia, deficiência, entre outros
Lembrando que todos/as os/as participantes excedentes não terão as despesas de hospedagem e alimentação custeadas pelo evento.
Mais informações
Em caso de dúvida, entre em contato com o CEJUVE/SERIN a partir do telefone: (71) 3115-9574, ou pelos e-mails cejuve.juventude@serin.ba.gov.br ou juventude@serin.ba.gov.br

Carta aberta ao Movimento Negro em geral e ao Movimento de Mulheres Negra, em particular.

Comunico às organizações de Movimento Negro e demais Movimentos Sociais e, em especial, às irmãs que compõem as organizações de movimento de Mulheres Negras, que eu, estudante do quinto semestre de Historia UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado-  fui agredida com um tapa na cara por um estudante que compõe a organização do Simpósio de História “Pesquisa histórica na Bahia” na referida faculdade.

Fui agredida fisicamente (com um tapa na cara!) por um homem branco, estudante, como eu, do 5° semestre do curso de história da UNIJORGE – Centro Universitário Jorge Amado. Enfatizo esse dado, por sabermos que o racismo e o machismo se articulam o tempo todo, para impedirem que pessoas como eu (preta “estilo favela!”) possam representar uma pequena minoria do curso de história (brancos, e classe média). Atualmente ocupo a posição de Coordenadora Acadêmica do Centro Acadêmico União dos Búzios, representação legítima dos estudantes do curso de história dessa Instituição.

Inicialmente, estávamos organizando com a coordenação do Curso de História uma atividade acadêmica (o simpósio de história); Entretanto, da noite pro dia fomos retirados da organização com a explicação de que o evento não deveria ter envolvimento do movimento estudantil, por parte um dos palestrantes, e que não iríamos assinar os certificados por quem estava organizando era a instituição.

Quando chegamos, no dia anterior ao fato, encontramos esse grupo de estudantes com a camisa da organização do evento (que até então era da universidade), fizemos algumas intervenções falando sobre a institucionalização da atividade do movimento estudantil e sobre a apropriação intelectual da atividade. (Tudo isso causou incômodo à organização do evento – Coordenação e estudantes envolvidos no processo)

Quando cheguei à atividade, no dia seguinte, fui impedida de assinar a lista de presença, que me legitimaria ganhar o certificado de carga horária do evento. Todas as pessoas assinaram, quando chegou a minha vez a organização da atividade recolheu a lista, e eu perguntei num tom alto no meio da palestra: ‘por que vou assinar a lista lá fora, já que todos assinaram aqui dentro?’ Na mesma hora todo mundo parou e me olhou... Esperei o evento acabar e chamei a coordenadora do curso pra pedir explicação, a mesma não deu atenção, acabei não comunicando sobre o ocorrido. Quando sai do evento me dirigi até o LUCAS PIMENTA (o agressor) e perguntei: ‘posso assinar alista?’ Ele disse: “você é muito mau educada!”, eu o interrompi e falei, ‘não quero te ouvir, só quero saber se posso assinar, caso contrario vou conversar com a coordenação’. E ele disse: “Você ta tirando muita onda, não é de agora que eu to te aturando!” E me deu UM TAPA NA CARA! Quando eu falei que Eu sou oriunda do Movimento Negro, do Movimento de Mulheres Negras, e que não ia deixar barato que ia acionar a Lei Maria da Penha pra ele, ele se curvou e foi segurado pelos colegas enquanto tentava me dar murros.

Ao dizer “você ta tirando muita onda”  e em seguida me agredir o Sr Lucas Pimenta  revelou um sentimento de insatisfação, não apenas dele, isoladamente, mas de muit@s outr@s diante do fato de eu ser Coordenadora Acadêmica no CA de História da Jorge Amado. O fato de estarmos adentrando o espaço acadêmico, por si só, já fez membros da elite branca sentirem-se ameaçados. Mas, esse tapa na cara ocorre em retaliação a um fato mais insuportável ainda, para Lucas e demais membros da elite racista desse país: sou Negra “favelada”, jovem e o represento, em um espaço que o projeto genocida de Estado brasileiro historicamente  reservou para os branc@s 

Por essas razões, conclamo meus irmãos e em especial às minhas irmãs para amanhã, na extensão desta atividade, manifestarmos politicamente a nossa indignação e repulsa, diante desse caso inequívoco de machismo e racismo.

Onde? Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE (Paralela)

Concentração: 18h, praça de alimentação.

Nairobi Aguiar

71 81256549

Nomeação de Deise Benedito na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Por Roque Peixoto

É com grande alegria e sentimento de vitória numa batalha, onde a grande guerra é contra o racismo, machismo e homofobia, que venho informar a nomeação da minha irmã, amiga e aliada Deise Benedito para Assessora da Secretaria Executiva da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Estou muito feliz pelo fato de uma militante, mulher negra, da qualidade de Deise ir compor os quadros do Governo Dilma numa pasta muito importante. Isso significa que precisamos estar para a além da SEPPIR construindo as nossas pautas neste governo.

Se trata de uma militante da luta do combate ao racismo, da promoção da igualdade racial, dos direitos das mulheres e da luta de efrentamento à mortalidade da juventude negra.

Deise. Tenha certeza de que pode contar com este companheiro, amigo, aliado e irmão para o que precisar. Sei do teu compromisso, da tua luta e da tua ídole. Estamos juntos até depois do fim, como diria o Murph.

Parabéns, Deise!!!! E boa sorte!!!!!