O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP)
acaba de anunciar a conclusão da etapa de dragagem de aprofundamento na região
de Enseada, no município de Maragojipe, no Recôncavo Baiano. Em pouco mais de
cem dias de trabalho, foram dragados 2,616 milhões de m3 de areia e
arenito, o que propiciou o aumento do calado do rio de 6 para 13 metros de
profundidade.
“A marca foi confirmada logo após a
realização da batimetria no Rio Paraguaçu, quando obtivemos os mapas de
profundidade e os perfis das áreas submersas”, disse Orres Vicente, responsável
pelas obras marítimas do Consórcio Enseada do Paraguaçu (CEP), empresa responsável
pela construção do moderno estaleiro baiano.
Ainda segundo o técnico, o trabalho foi
realizado para viabilizar a construção do cais de atracação dos navios e do
dique seco, importantes áreas de um estaleiro do porte do que está sendo
construído na Bahia, que terá capacidade de processar 36 mil toneladas de aço
por ano, gerando 20 mil empregos diretos e indiretos.
Compromisso socioambiental
Para a execução da dragagem, o EEP delegou
a etapa a uma empresa belga que é referência, a Jan De Nul, dona da mais
moderna e diversificada frota de dragagem do mundo. O serviço foi precedido por
audiências e encontros públicos que reuniram mais de 1.000 pessoas das
comunidades envolvidas, sobretudo de Maragojipe, Salinas da Margarida e
Saubara.
A realização dos serviços, iniciados em 14
de dezembro do ano passado, foi precedida por mediações promovidas pelas
instâncias Federal e Estadual do Ministério Público, de modo a reduzir ao
máximo eventuais impactos socioambientais.
“Além de trazer o que há de mais moderno
no mundo, realizamos a etapa de dragagem tendo feito previamente um longo
processo de negociação, com participação social efetiva, harmonizando os
diversos interesses envolvidos e propiciando a geração de emprego e renda para
a Bahia”, revelou o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade do
EEP, Humberto Rangel.
Com o encerramento da etapa de dragagem e
o fim da terraplenagem, prevista para acontecer ainda em abril, as obras
físicas acabam de atingir 10,15%, abrindo caminho para novas etapas do processo
de construção do Estaleiro, que a partir de 2014 construirá, pela primeira vez
no Brasil, seis navios-sonda que serão utilizados pela Sete Brasil para
exploração da camada pré-sal.