Prezados Membros da Comunidade UFRB
Vivi as horas mais tristes de minha vida nesses 17 de
setembro de 2011. Fui difamado e caluniado, tive minha honra achincalhada
publicamente por meio de um post publicado na Comunidade do CAHL, no
Facebook e num Blog, pelo estudante do CAHL Zevaldo Souza, responsável
por um meio de comunicação, acusando-me de ser beneficiário de um esquema de
desvio de recursos públicos da UFRB, dada à minha condição de Chefe de Gabinete
do Reitor e de professor da Instituição há cinco anos. Ademais, potencializou a
estigmatização, ler um comentário de um membro da comunidade, feita a retirada
do post pelo autor-difamador, se afinal de contas eu roubei ou não roubei este
comentário, inclusive, colocará seu autor na condição de
assediador moral solidário ao Zevaldo, que ele fique sabendo! Está tudo
registrado.
Nasci Luis Flávio Reis Godinho, em uma família de classe
média baixa, daquelas que não oferecem aos seus membros colheres de
prata no céu de suas bocas e tenho orgulho disso! Recorto minha
história pelas dimensões de classe e raça! Sempre ligado às causas
emancipatórias, aos partidos de esquerda, às lutas sociais transformadoras de
nossa sociedade, exerci diversos cargos e me envolvi em muitas atividades
públicas. Dentre as mais relevantes se encontram: a participação em grêmios, em
DA’s e Diretor de DCE na UFBA. Também sempre militei em partidos de esquerda
Cargos públicos na UFRB foram diversos nesses últimos anos,
sempre com relatórios aprovados e com toda lisura: coordenador do curso de
Pedagogia, Assessor de Centro, Assessor Reuni. Em março de 2010, assumi o cargo
de Chefe de Gabinete na Reitoria da UFRB. Antes havia sido professor da UESB e
da UNEB, entre 2004 e 2006. Exerço a docência superior a 10 anos e a compreendo
como uma atividade política transformadora em nível individual e coletivo, em
suma, uma atividade contrahegemônica e anti-conservadora.
As redes sociais têm sido utilizadas como espaços de
potencialização de preconceitos, difamações e calúnias. Talvez, muitos
usuários não tenham se atentado para os marcos regulatórios do direito
subjetivo, do direito coletivo e da proteção da dignidade humana. Dar
publicidade a calúnias, mesmo em comunidades não presenciais, é crime com pena
prevista entre seis meses e dois anos, segundo artigo de nosso código penal. No
aspecto civil, obtêm-se facilmente indenização por danos morais. Mas segue a
questão: a moral e caráter individual têm um preço? Obviamente que não, pois se
macula uma trajetória, um nome, uma história, por interesses escusos,
reacionários e baseados em uma prática nefasta utilizada por regimes
totalitários e ditatoriais no plano social e nas mentes de seus autores que,
por sua vez, obedecem a interesses privados, mesquinhos, travestidos de
interesse público. Criam óbices à realidade como ela é, atacando sem dó as
pessoas e seus direitos coletivos e subjetivos. Da sensação de impotência tive
que sair rápido, para defender-me de ataques especulativos à minha moral, meu
caráter, meu nome, minha história de lisura e ética.
Repilo veementemente as acusações de desvio de recursos
públicos e coloco à disposição do MPF, minha declaração de bens e de renda,
minha conta bancária e meu sigilo telefônico, para que sejam apuradas as
denúncias infundadas, inverídicas e irresponsáveis publicizadas pelo Senhor
Zevaldo Souza, aluno do CAHL. Informo ao referido senhor que retirar o post e
pedi perdão são atos frágeis para recuperar a minha ética, minha conduta
republicana e emancipatórias. Entrarei com pedido de sindicância interna
contra esse senhor!
A mídia é uma prática social que deve contemplar o direito
subjetivo, coletivo e socialmente referenciado. Portanto, será portadora de um
caráter pedagógico e creio um marco, a luta jurídica e social que empreenderei
para proteger os maiores bens que possuo: meu nome, minha conduta pública e
privada, minha história.
Solicitarei ao Reitor e ao Procurador Federal junto
à UFRB, licença, para, diuturnamente, buscar reparação e justiça, junto ao
meu advogado, nos fóruns de justiça para atenuar essa atrocidade, ato
civil irresponsável e reacionário contra minha imagem pública, mas que atinge
minha persona, construída duramente em longos 20 anos de vida pública
e maculada por atos inconseqüentes, reacionários e socialmente irresponsáveis
praticados por um pretenso jornalista. Se minha história foi forjada a ferro e
fogo, no suor, não abandonarei a causa e meu direito subjetivo e
social aos esclarecimentos dos fatos apontados no dia de hoje.
Cordialmente,
Luis Flávio Reis Godinho
Professor da UFRB
Favor dar ampla divulgação em redes sociais universitárias
e listas de contato.