O amigo cortez falou para o outro: Feliz Dia do Amigo, meu amigo!!!O amigo cético então retrucou:- Você passa o ano todo comigo, pra cima e pra baixo, e só se lembra que sou seu amigo no dia de hoje, por causa desta data capitalista?O amigo Cortez, respondeu:- Pois é! Passei o ano todo sendo o chato para lhe avisar dos seus erros. Passei o ano todo puxando seu saco lhe parabenizando por tudo que faz de bom. Passei o ano todo sendo o ombro para seus choros e, muitas vezes, lhe seguindo nas suas comemorações, e deixando minha família de lado. Passei o ano todo perdendo outros possíveis amigos, em sua defesa. E ganhando outros amigos, também sua defesa. Mas somente hoje me dei conta que você também fez tudo isso por mim. Por isso, não teria outro dia para lhe dizer: FELIZ DIA DO AMIGO, MEU AMIGO!!!Autor: Roque Peixoto
Por Sérgio São BernardoA política representativa, que deveria ser uma ação humana voltada para fins como preleciona os defensores de uma racionalidade humana moderna (Kant, Marx, Habermas) ou até mesmo uma técnica de coexistência e decisão dos interesses humanos, num olhar racional pragmaticista, (Charles Peirce, Richard Rorty), degenerou-se. Em seu lugar, o patrimonialismo, o fisiologismo, a produção midiática e a garantia compulsória de votos comprados têm sido os únicos apetrechos utilizados pelos candidatos no agenciamento de recursos para uma suposta manutenção de base eleitoral. Por esta razão, a sociedade organizada e membros do poder judiciário estão maquinando arranjos institucionais que tentam limitar as aberrações desse modelo. Aquela velha ideia de que o político deveria privilegiar o cumprimento de seu contrato político, valorizando as pessoas e o lugar das pessoas, rediscutindo bases elementares de novos contratos sociais, confrontando projetos nacionais e interesses locais, fazendo debates abertos e abrindo publicamente seus patrimônios, interesses e acordos, reinstaurando, assim, uma perspectiva apaixonada da atividade política como quiseram, uma vez na história, os Gregos.O que digo é que os mecanismos de representação política e o sistema político brasileiro - vale dizer: voto censitário, voto obrigatório, financiamento privado, candidaturas etnocêntricas, contribuem para a eleição de certa tipologia de candidaturas, muitas vezes moldadas em valores e princípios patrimonialistas, genéricos, assistencialistas, racistas e machistas. O poder do dinheiro e da burocracia ditam as regras da ação política e em especial do processo eletivo. Os candidatos não precisam mais ser capazes de dizer muito sobre quem e o que eles representam; limitam-se a discursos genéricos, depois reivindicam favores específicos. Este modelo apenas nos faz mais mentirosos e impotentes! Políticos de “esquerda” e de “direita” não se entendem nos projetos que os vinculam, mas, unificam-se nos métodos da pequenez da ação política quando o assunto é manter-se no poder. Nesse contexto, têm surgido proposições que superam este modelo: a eleição de representações informais eleitas pelo voto popular, o fim da emenda parlamentar, o fim da remuneração e incentivos do cargo, a possibilidade do eleitor destituir o mandato de seu representante através de mecanismos rescisórios, a punição aos eleitores que vende seu voto, etc.Por conta dessa indústria fisiológica, teremos um contingente de eleitores que praticarão o engodo invertido da representação política, enganarão seus representantes, receberão seu dinheiro e não votarão nele. Sabendo disso, eles, os políticos, irão aumentar o número de votos comprados para “engordurar” o seu coeficiente eleitoral. Campanhas de descontentamento com este ou aquele candidato não resolvem. Ninguém está a salvo nesse modelo. É preciso propor novas ideias, projetos e pessoas e que nos coloquemos para empreendê-las.Sérgio São BernardoAdvogado, Professor Direito Uneb, Mestre em Direito UNB.