Homenagem de Roque Peixoto ao Professor Ronaldo Souza
Hoje é Dia de Reis. Dia em que se comemora a chegado dos Três Reis Magos a Belém para ver e presentear o Menino Jesus. Dia em que os Ternos herdados da tradição católica lusitana costumam desfilar com suas marchinhas pelas ruas de bairros populosos, como no Largo da Lapinha, no Bairro da Liberdade. E dia de festa em cidades do interior.
Poderia ser um dia de festa em Maragojipe, também. Pois hoje o saudoso Professor Ronaldo Souza estaria completando 72 anos.
Mas, porque não comemorar? Será que o Velho Bonardo queria que estivéssemos aqui todos tristes e sofrido com a sua ausência? Ou gostaria que estivéssemos todos comemorando e festejando a sua memória?
Eu não sei quanto às outras pessoas. Mas sei que quanto a mim, prefiro lembrar e comemorar o Velho Bonardo de incríveis e ímpares textos e contribuições literárias para a Festa do Orago São Bartolomeu. Comemorar o incrível autor dos maiores e mais marcantes discursos dos vários 8 de maio’s. Comemorar a pessoa que me recebeu em sua casa, ao ser apresentado por teu filho e meu Dileto Amigo, Ronaldo Souza Filho, o Ronaldinho, e me prover, depois de alguns minutos de conversas e apresentações o seguinte predicado: “ROQUE DO PT, CIENTISTA SOCIAL E POLÍTICO!” Comemorar as várias facetas deste grande intelectual que, segundo Ronaldinho, era na verdade um apaixonado por este pedaço de chão, com profunda relação de amor e ódio.
Nas minhas poucas e recentes lembranças, levo a certeza de que ganhei um amigo (Ronaldinho). Junto com esse amigo um Pai (Velho Bonardo, ou Ronaldo Souza). E com este grande pai, ganhei uma Família que fez reascender no coração frio deste não tão mais jovem homem vindo da cidade grande o valor de se ter amigos de verdade e de se valorizar a família.
Professor Ronaldo. Velho Bonardo. Olha por nós daí de onde estiver. Mantenha viva em Ronaldinho o dom da escrita e da oralidade, coisa que o senhor fazia muito bem. Mantenha vivo em Gabriel o dom da responsabilidade, assim como o senhor foi responsável por educar, como professor, e cuidar do sorriso de muitos e muitas maragojipanos e maragojipanas. E mantenha vivo em Cícero a arte da malandragem e da Boemia. Afinal, alguém da família precisa cuidar das coisas do mundo.
Saudações com saudades do saudoso Professor, Conselheiro e Amigo... Bonardo.
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